Capítulo II

Ambientes Educativos

A conceção da criança como sujeito eminentemente cultural requer repensar tanto os seus ambientes de vida e experiência como as representações dos adultos sobre as crianças. Significa criar ambientes responsivos e desafiantes onde a criança é vista como sujeito de aprendizagem e não objeto respondente.

Oliveira-Formosinho, J & Formosinho, J (2013). Pedagogia-em-Participação: A Perspetiva Educativa da Associação Criança. Porto: Porto Editora.

Os espaços educativos organizam-se com base em critérios coerentes de resposta aos ritmos, aos interesses, às necessidades básicas da criança, às motivações, às intenções para a ação em profunda articulação com a intencionalidade educativa partilhada entre o educador de infância e criança.

As crianças necessitam contatar com espaços diversificados, que proporcionem o acesso à natureza, à comunidade, à cultura.

Na impossibilidade de frequentar o espaço do Centro, a equipa educativa procura assegurar e dar continuidade às relações com as famílias e as crianças, através de contatos virtuais e planificações partilhadas. Este processo implicou a escuta, a troca de ideias  e a tomada de decisões conjunta.

Estas vivências permitiram às crianças dar continuidade às suas aprendizagens em diferentes áreas e contribuir para o seu bem-estar, autoestima e autonomia. As crianças foram, desta forma, valorizadas, escutadas e convidadas a colaborar, desenvolvendo aprendizagens motoras, sociais, emocionais, cognitivas e linguísticas.